sexta-feira, 1 de abril de 2011

16 - Qual a importância da governança para a racionalidade e qualidade dos recursos empregados nas redes de prestação de serviços públicos?

Vejo que deveria ser real, mas não deixa de ser uma utopia digo, entre a importância da governança e seus recursos aplicados X racionalidade e qualidade nas redes de prestação de serviço.
Sabemos que é de suma importância se executado pelo poder público (Executivo, Legislativo e Judiciário que juntos tem representação para a população através dos Governos e Prefeitos).
É óbvio que os recursos quando bem aplicados e distribuídos em obras e serviços públicos todos ganham, sobe os indicadores positivamente em várias áreas e seguimentos da sociedade, com isso temos, menos mortalidade, menos analfabetismo, menos violência, mais irrigação nas áreas problemáticas, meio ambiente protegido, emprego e sustentabilidade maior e melhor, além da subida de conceito.
Mas o que promove essa fragilidade e não avanço na empregação desses recursos para o bem da sociedade?
Observo que está embasado na corrupção, burocracia e estratégia dos gestores e seus partidos políticos como meio de explorar e alienar a camada popular em busca dos futuros votos e continuação de propostas enganosas, quebrando as “pernas” dos agentes comunitários que passam em média dois anos trabalhando em seus movimentos comunitários, conscientizando o povo e, quando chega no período político, vários partidos invadem as comunidades, oferecem aos representantes de entidades meios e condições vantajosas, estes se tornam cabos eleitorais, do partido A, B, C e D, elevando o povo para os currais eleitorais e criando brigas, acabando por tanto, com a união e democratização. E isso “historicamente”, é uma prática que vem pela base (POVO) e explode nos seus representantes (GOVERNO) que finaliza anos atrás de anos sem a concretização das ações que deveriam ser realizadas.
Vou exemplificar em dois exemplos simples para entendimento, veja:
1º) Eu trabalhava em um determinado órgão onde constantemente ocorriam furtos nos setores, arrombamentos de carros nos estacionamentos entre outros problemas da ordem. Preocupada com a segurança do órgão, sugeri e solicitei através de um documento oficial, acréscimo do número de profissionais, melhor distribuição da escala de serviço em determinados pontos e urgência na implantação e instalação de câmeras dentro e fora do órgão. Na época, o meu superior quando leu o dumento, riu e ordenou que fosse rasgado.
- Indignada questionei o fato e ele me disse:” Maria, sou aposentado, estou aqui nesse órgão há seis anos onde a minha função é resolver problemas, por isso que estou aqui. Sou convocado sempre, e ganho o meu ordenado em cima disso, certo? Maria, se eu fizer isso que você está pedindo, os problemas vão acabar e eu vou ficar sem esse bico e os benefícios que aqui ganho, então, se você insistir, vou ser obrigado a te tirar daqui, você entendeu?
- Assim é o Estado, você não acha?
2º) EXEMPLO: Lá no passado,  trabalhei em algumas entidades filantrópicas, (ONG’s), engraçado que em uma das comunidades tinham sete entidades. Nos tempos normais, era a coisa mais linda do mundo: capacitações, formações, encontros diversos que refletiam as demandas, problemas, evolução e interesse da comunidade. As lutas constantes em busca de benefícios para comunidade. Muitas vezes erámos vitoriosos, apesar da luta! Mas o problema geral: brigas, intrigas, destruição de valores, seguimentos objetividade se dava no período eleitoral, quando o candidato X chamava no pé de parede, aquele que estava à frente do movimento. Outro candidato B, fazia a mesma coisa no outro movimento, e aí, os sete movimentos que antes uniam e representavam a comunidade, passavam a brigarem e, todo trabalho mais uma vez iam ao fundo do poço.
Moral da história, com esses dois exemplos simples, apresento com grande escala o por que da importância da racionalização e não racionalização do recurso nos serviços públicos.
Enquanto a sociedade não souber ler e nem escrever, ela não terá autonomia para discernir com precisão o seu futuro, então, ficaremos sempre a perguntar e a responder no “vazio”, perguntas como estas e tantas outras.
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Maria José da Silva
Pedagoga e Pós graduanda em Gestão Pública Municipal/UFAL
Telefone: (082) 9124-2554
E-mail: pedagmara.alagoas@yahoo.com.br